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Por Sucena Shkrada Resk (Blog Cidadãos do Mundo)

Desde 2008, venho me familiarizando com o universo da educomunicação socioambiental, quando cobri profissionalmente o VI Simpósio Brasileiro de Educomunicação, no Sesc Vila Mariana, e comecei a pesquisar e levar esse aprendizado à construção de artigos, entrevistas e matérias e aos alunos em sala de aula. Nesse contato, introduzi no meu dia a dia, o desafio de estabelecer na prática os conceitos contidos nas palavras “empoderamento” da sociedade, papel de facilitadora (sem cunho de status) e autonomia, entre tantas outras.

Tudo isso realmente provoca uma tempestade de ideias, pois cabe a quem assume o exercício de educomunicador, nos bastidores e fora deles, propiciar que os indivíduos – principalmente das chamadas minorias – tenham poder de voz ou redescubram essa potencialidade, muitas vezes, adormecida, e assumam o protagonismo.

Para tanto, é preciso primeiramente acreditar nesses princípios e que haja incentivo e implementação de políticas públicas já existentes, como a Política Nacional de Educação Ambiental (Lei 9.795/99) e a Resolução nº 422, de 23/03/2010, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que destaca o papel da educomunicação na educação ambiental.

E encontrar a sutileza (creio que é a expressão adequada) de promover esse incentivo exige persistência – há momentos em que é importante estar em cena e outros, não. Em outras palavras, ir em busca da horizontalidade da comunicação, que tenha o propósito educativo na sua gênese, de respeito cultural, ao meio ambiente e à justiça social. Uma ideia em que o conceito de rede não trava, mas liberta, em que sabemos o que, para que e porque estamos defendendo uma tese, um ideal, uma causa…com princípios éticos e temos o poder de opção das “ferramentas” para veicular essa mensagens.

Agora, nos próximos dias 28 e 29, o Encontro Paralelo de Educomunicação no VII Fórum Brasileiro de Educação Ambiental, que acontece em Salvador, pretende colocar o tema no centro da pauta. Serão discutidas questões como:

– A evolução do conceito de educomunicação e a academia;

– A educomunicação em construção nas políticas públicas e em projetos de Educação Ambiental

– A comunicação e educação ambiental na visão de um pesquisador em conservação

– e obviamente, os desafios e propostas e perspectivas pela frente.

Veja a íntegra em www.cidadaodomundo.blog-se.com.br .

Por Anahi Fros,
Consumir água de forma responsável integra a cadeia de atitudes de quem pensa ecologicamente. Quem cuida desse recurso natural sabe que esse é um dos principais elementos para a manutenção da vida. No dia 22 de março, o planeta celebrou o Dia Mundial da Água.

Em 2012, o tema é Segurança da Água e da Comida, com a preocupação voltada para o aumento da população e a falta de recursos. Atualmente, 7 bilhões de pessoas já habitam este planeta, e o número deve chegar a 9 bilhões até 2050. Cada uma consume, em média, 2 a 4 litros por dia.

Os produtores ecológicos têm ciência da situação, e praticam no dia a dia ações para minimizar esses impactos e preservar esse bem natural. A agroecologia recupera a estrutura física e biológica dos solos, o que permite maior armazenamento de água durante os períodos de estiagem. Essa mesma estrutura permite maior armazenamento de água durante a seca e sua maior infiltração, durante as chuvas, possibilitando um maior reabastecimento dos lençóis freáticos. Isso permite que a água percorra o caminho natural de alimentar os rios e nascentes após as chuvas.

A manutenção do solo coberto reduz a evaporação, mantendo a água que já foi conservada disponível por mais tempo para as raízes da planta. O uso de quebra-ventos e cercas-vivas diminui a velocidade do vento, reduzindo, consequentemente a evaporação, criando um microclima adequado para a área de cultivo.

Além disso, o fato de não serem utilizados agrotóxicos e adubos químicos no manejo orgânico evita a contaminação da água por produtos que fazem mal à saúde e à vida como um todo. Quando utilizados, como na agricultura convencional, eles são transportados e acabam contaminando pessoas e animais.

Portanto, quem consome produtos orgânicos também ajuda a preservar a água.
22/03 – #DiaMundialdaÁgua2012
Campanha “A Água e a Segurança Alimentar” (FAO)- A favor da redução, do uso racional, contra o desperdício (http://www.unwater.org/worldwaterday/downloads/WWD2012_BROCHURE_ES.pdf)
Hoje, há 7 bilhões de pessoas para serem alimentadas no planeta e deverá ter mais 2  bilhões em 2050. As estatísticas mostram que todas as pessoas (com exceção de milhares que já sofrem com a escassez d´água em vários pontos do planeta) bebem de 2 a 4 litros de água por dia, mas a maior parte é incorporada no alimento que nós comemos: para produzir 1 quilo de carne, por exemplo, são consumidos 15.000 litros de água e para um 1 quilo de trigo, 1.500 litros.
(SSR)
Fonte: http://www.unwater.org/worldwaterday/index_es.html

Uso racional

Por Sucena Shkrada Resk (Blog Cidadãos do Mundo)

Fiquei contente em encontrar em meu arquivo de imagens, a foto que tirei do professor Aziz Ab`Saber, em 30 de abril do ano passado, quando fui conversar com ele, após o espetáculo de Ariano Suassuna, no Sesc Vila Mariana, em São Paulo. Sentado na primeira fileira, com a voz mansa e demonstrando a ânsia por continuar ativo, contou que ia praticamente todo dia à Universidade de São Paulo (USP), para fazer as suas leituras e pesquisas (não conseguia parar)…Essa foi a última vez que tive a oportunidade de vê-lo pessoalmente…Que boa lembrança!

Hoje ele partiu para uma nova jornada, mas com certeza deixa um importante legado socioambiental. O geógrafo entregou justamente ontem, o último capítulo do terceiro volume de seu livro, “Leituras indispensáveis”, que trata de comentários sobre artigos que selecionou como importantes para a formação humana dos jovens. Segundo a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), da qual o pesquisador era presidente de honra, o lançamento ocorrerá em julho. Em mais de 70 anos de atividade, produziu pelo menos, 300 trabalhos acadêmicos de relevância.

Tive oportunidade de entrevistá-lo, algumas vezes, além de ouvi-lo em algumas palestras, como a que ministrou em 2009, na Universidade Municipal de São Caetano do Sul, na abertura da Conferência Darwin no Contexto Científico e Social. Era um pesquisador vibrante. Quando falava da Amazônia e do respeito aos povos da floresta, como também da regionalização do acesso ao conhecimento das populações sobre seus biomas…era algo realmente estimulante…Atento ao processo de votação do projeto de lei do novo Código Florestal, tecia críticas fundamentadas. Para o geógrafo, as mudanças na legislação tinham que ser conduzidas por pessoas competentes e bioeticamente sensíveis.

A última vez que tive oportunidade de conversar com ele, pessoalmente, foi após o espetáculo de Ariano Suassuna. Essa experiência resultou neste artigo, que escrevi no dia 1º de maio e que é minha sincera homenagem a ele:

Veja a íntegra em http://www.cidadaodomundo.blog-se.com.br .

Por Sucena Shkrada Resk (Blog Cidadãos do Mundo)

Como fazer com que a palavra sustentabilidade não caia no descrédito? Quem nunca se questionou, ao menos, uma vez, ao ouvir aos “quatro ventos” o seu uso para os mais diferentes comportamentos e ações, já que se tornou corriqueira, em propagandas, nem sempre, condizentes ao conceito? Para ajudar nessa reflexão, uma dica de leitura é a versão em português, da publicação “Os 50+Importantes Livros em Sustentabilidade, sob organização do Instituto Jatobás, pela Editora Peirópolis.

A obra original (em inglês) é uma iniciativa da University of Cambridge – Programme for Sustainability Leadership (CPSL). O lançamento da tradução ocorreu, nesta segunda-feira, no auditório da Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (EESP/FGV), com apoio do Laboratório de Inovação, Empreendedorismo e Sustentabilidade da instituição. Nesta primeira edição, está prevista a distribuição gratuita a instituições de ensino de todo país. A obra segue também às prateleiras das livrarias.

O que chama a atenção na leitura da obra é a remissão a importantes ícones da história socioambiental, suas biografias, além da bibliografia e sites para consulta. Nas sinopses dos livros constam argumentos resumidos de suas teses, o que facilita a compreensão de um leigo. Leia a íntegra em http://www.cidadaodomundo.blog-se.com.br .

Por Sucena Shkrada Resk (Blog Cidadãos do Mundo)

Falar sobre Paulo Nogueira-Neto não é uma das tarefas mais fáceis, afinal, é figura-chave para a compreensão da história “viva” do socioambientalismo brasileiro e internacional. Prestes a completar 90 anos, em 18 de abril, esse paulistano continua a contribuir com suas reflexões oriundas de uma experiência de pelo menos 60 anos de jornada, em que transitou do Estado Novo à Ditadura e à Democracia, consolidando seu posicionamento sobre a “sustentabilidade”.

Nos anos 50, ele lembra que “os ambientalistas”, movimento do qual já fazia parte, cabiam em uma Kombi. “Havia uma em São Paulo e outras em Minas Gerais, em Pernambuco, no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro…”, fala bem-humorado. Nessa época, foi um dos fundadores da Associação de Defesa da Flora e da Fauna, que posteriormente se transformou na Associação de Defesa do Meio Ambiente – São Paulo (Adema – SP).

Uma pessoa de sorriso fácil e memória invejável – diga-se de passagem –, ele relembra de detalhes de bastidores de momentos importantes que protagonizou como homem público e militante da área ambiental e não demonstra desânimo ao defender políticas no setor mais vigorosas no país e no mundo. Para isso, não mede esforços. Aconselha (seja quem for), desde estudantes à presidente da república, Dilma Rousseff, quando se trata dos riscos impostos na atualidade à agenda ambiental, sobre a qual se esforça em estar atualizado.

Uma de suas preocupações atuais é o andamento da votação do Código Florestal, na Câmara dos Deputados.“O projeto de lei realmente tem alguns problemas. A reforma será boa, desde que não prejudique o meio ambiente”

Professor emérito de Ecologia da Universidade de São Paulo, na qual ministrou a disciplina, desde 1988, e membro do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), do qual também foi presidente e fundador, Neto tem um currículo extenso nessa seara. Formado em Ciências Jurídicas e Sociais, em 1945, e em História Natural, em 1959, pela Universidade de São Paulo (USP), como pesquisador, tornou-se especialista em abelhas indígenas sem ferrão (Meliponinae) e em pombas e rolas, entre outras.

Foi nomeado o primeiro secretário especial do Meio Ambiente (SEMA), em 1974, órgão à época, vinculado ao Ministério do Interior, com prerrogativas de ministro. E lá permaneceu até 1986. “Sobrevivi a quatro governos (rs), até a metade da gestão Sarney. Eu estava representando a comunidade científica e interessado na relação do país com o meio ambiente”. Veja a íntegra em http://www.cidadaodomundo.blog-se.com.br .

Por Sucena Shkrada Resk (Blog Cidadãos do Mundo)

O anúncio feito pelo governo insular de Kiribati (arquipélago no Pacífico), em 2010, começa a se concretizar em 2012…Esse é um fato real, poucos meses antes da Rio+20. O líder do governo anunciou que o país deve adquirir 20 km² de terras em Fiji, para poder levar aos poucos a sua população de cerca de 113 mil. Essa remoção, que implica a complexidade das adaptações culturais, geração de empregos e tantas outros ângulos, não integra a pauta principal da agenda internacional. É a realidade que cerca tantas outras nações que já passam pelo mesmo problema.

A situação dos refugiados climáticos ou ambientais será uma das prioridades da conferência, em junho, com o vigor que o fato merece ou ficará “perdida” nas exaustivas negociações na COP18, já que suas reivindicações não receberam o tratamento devido nas edições anteriores? E quem se lembra de Tuvalu, por exemplo? É bom marcar esse nome, porque, talvez, não faça mais parte do mapa-múndi daqui a algum tempo, como Kiribati.

A memória para alguns é mais presente do que para outros, quando se trata do contexto do avanço dos comprometimentos humanos e territoriais, que envolvem as alterações do clima. Poucas centenas, talvez, se recordem da manifestação durante a 17ª Conferência das Partes (COP-17) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em Durban, na África do Sul, em dezembro de 2011. Lá, centenas de pessoas lotaram os saguões em solidariedade às reivindicações dos africanos e de representantes dos países insulares. Ver a íntegra em http://www.cidadaodomundo.blog-se.com.br .

05/03/2012 17:43
Por Sucena Shkrada Resk (Blog Cidadãos do Mundo)

O principal papel da cidadania é exercê-la, senão se torna figurativa. No contexto da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, o acompanhamento de algumas agendas e documentos também possibilita a construção de argumentos mais sólidos nas bandeiras de lutas. Afinal, é preciso saber “exatamente” com o que concordamos ou não e o porquê.

De hoje até o dia 10, Sha Zukang, secretário-geral da Rio+20, está no Brasil, participando de reuniões com o governo brasileiro. No dia 8, em especial, terá audiência com os parlamentares brasileiros, para tratar dos preparativos políticos e logísticos para a Rio+20 e as formas de propostas quanto à temática do desenvolvimento sustentável. É interessante acompanhar o desenrolar dessas pautas, observar as informações e tratativas.

Enquanto isso, nós, da sociedade civil, ainda podemos nos mobilizar para fazer a leitura do rascunho zero do documento oficial do evento, cujo nome é “O Futuro que queremos”, construindo uma análise crítica e propostas sobre o mesmo. Primeiramente para a constituição do próprio repertório individual e depois para o compartilhamento de discussões coletivas.

Caso haja interesse, também é possível que cada cidadã e cidadão encaminhe suas análises à secretaria da Rio+20 (via vídeos ou fotografias de assuntos que você deseja sobre sua comunidade – ou assuntos que pensa que ainda serão parte da vida daqui a 20 anos; Vídeos ou gravações em que você contará suas ideias; Desenhos; Cartas ou curtas redações -300 palavras ou menos).

Esse é um canal da estrutura de comunicação da conferência, que pode ser acessado em “kit de conversação” de “O Futuro que Queremos”.

Veja a íntegra do artigo em http://www.cidadaodomundo.blog-se.com.br .

Por Vilmar Sidnei Demamam Berna (Fundador da Rebia)
  Por mais duro que seja o golpe na nossa autoestima e sentimento de superioridade, para a natureza e o Planeta somos plenamente dispensáveis. Tudo pode continuar sem nós, a não ser, claro, nós mesmos. A natureza e as demais espécies não são recursos naturais à disposição da espécie humana. Muito menos uma lixeira para nossos restos. Ou revemos nossa visão e atitudes, ou acontecerá com nossa civilização – e talvez com nossa espécie – o que já aconteceu com outras antes.
  Não é de hoje que se anuncia o fim do mundo. Os Maias, por exemplo, anunciaram o deles para agora, 12/12/2012, só que ironicamente não terão a oportunidade de conferir, por que eles próprios se encarregaram de abreviar a passagem deles pelo Planeta. Quando os invasores europeus chegaram por lá, foi para dar o golpe de misericórdia e roubar todo o ouro, por que a Civilização Maia já estava em declínio pela falta de água. Aliás, situação parecida com a que vitimou a Civilização dos Faraós, no Egito, e mais tarde a da Ilha de Páscoa. Será que os Maias, os Faraós, o povo da Ilha de Páscoa não se deram conta dos riscos, ou apenas perceberam quando já era tarde demais? Ou será que escolheram não dar bola para os avisos de alerta?
  Qual é a dificuldade em compreender que se estivermos caminhando numa determinada direção, tenderemos a chegar lá? Em 2005, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório intitulado “Avaliação Ecossistêmica do Milênio” (AEM), resultado de cerca de quatro anos de estudos intensivos de 1.360 cientistas de 95 países, que produziram um dos documentos mais completos e atualizados sobre a situação do meio ambiente no Planeta. O estudo revelou que cerca de 60% de todos os ecossistemas do planeta estão degradados ou sendo usados de um modo não sustentável.

  Assim como o colapso de civilizações humanas inteiras, devido ao mau uso da natureza, não é novidade na História Humana, a extinção de espécies também não é novidade para a natureza. Os cientistas conhecem pelo menos 10 eventos de extinção em massa no nosso planeta. E a natureza se recuperou. O mais recente foi provocado por um meteoro que caiu na península de Yucatán, no Golfo do México, e extinguiu todos os animais terrestres com mais de 25 quilogramas, entre os quais a espécie mais famosa é a dos dinossauros. Sorte nossa que os ancestrais mamíferos estavam na minoria que sobrou, e mais sorte ainda por que não teriam que se esconder mais dos dinossauros, permitindo a nossa existência hoje. Então, o que é crise para uma espécie pode ser oportunidade para outra. Veja mais em:  http://www.blog-rebia.blogspot.com/2012/03/fim-do-mundo-e-sustentabilidade.html