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Por Sucena Shkrada Resk (Blog Cidadãos do Mundo)

Uma notícia realmente me abateu hoje. Foi da denúncia da atrocidade feita com uma criança indígena do povo Awá-Guajá, de cerca de oito anos. O seu corpo carbonizado teria sido abandonado pelos Awá isolados, a cerca de 20 km da aldeia Patizal do povo Tenetehara, em Arame (MA). Tudo indica que foi vítima de ataque de homens brancos. O mais estarrecedor é que esse ato de violência deve ter acontecido entre setembro e outubro passado. E está sendo apurado pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e pelas autoridades? Afinal, existe uma Coordenação Geral de Índios Isolados e Recém Contatados (CGIIRC).

Quando li no site do Conselho Missionário Indigenista (CIMI), que a criança foi “queimada viva”, tive a sensação de estar no “umbral”. A ganância pelas terras, pelo comércio ilegal de madeira faz com que alguns seres humanos se transformem na escória de nosso planeta. Fico apreensiva, quando dizem que descobriram índios isolados, no intuito de protegê-los. Quando o homem branco intervém, em muitos casos, vem a cobiça junto. O país é de dimensão continental, será que há tanta dificuldade de haver espaço para todos? Obviamente que não.

Ao mesmo tempo, sem saber da existência dessas comunidades, às vezes, podem ser dizimadas, sem que saibamos que um dia existiram. É uma linha muito tênue. A Funai estima que existam 28 grupos de índios isolados (povos em situação de isolamento voluntário, povos ocultos, povos não-contatados) no Brasil. Além da CGIIRC, mantém 12 Frentes de Proteção Etnoambiental, localizadas nos estados do MT (2), MA (1), PA (2), AM (3), AC (1), RO (2), e RR (1). Os povos são os seguintes:

– Juruena, Awa-Guajá, Cuminapanema, Vale do Javari, Envira, Guaporé, Madeira, Madeirinha, Purus, Médio Xingu, Uru-Eu-Wau-Wau e Yanomami. Leia a íntegra no blog.