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Por Sucena Shkrada Resk

Quanto mais se discute os possíveis caminhos da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), o que fica mais claro é o fato de que o diagnóstico já está feito. A questão é tratar de “como” fazer diferente. A crise social global já é reconhecida em números, geograficamente e em suas causas. A pergunta é: o quanto a Rio+20 vai realmente se aprofundar com relação ao “combate à extrema pobreza”, de forma contundente e nós, da sociedade civil, vamos pressionar e participar da mobilização, neste sentido…

Um documento que dá um panorama de como está a situação mundial é The Global Social Crisis Report on the World Social Situation 2011 . Veja a íntegra em www.cidadaodomundo.blog-se.com.br .

Por Sucena Shkrada Resk  (Blog Cidadãos do Mundo)

O que os estudantes universitários respectivamente nas áreas de Ciências Ambientais e Biológicas, Diego José Rodrigues Pimenta, 20 anos, e Rafael Magalhães Mol, 19, têm em comum?Além de serem amigos, hoje eles atuam como agentes ambientais, que passam por período de estágio de um ano, no Horto Florestal do Instituto Inhotim, em Brumadinho, MG. Tive a oportunidade de conhecê-los, em visita que fiz por lá, no final do ano passado, o que rendeu alguns momentos interessantes, com foco em educação ambiental…

Ao observar a iniciativa desses jovens, foi possível extrair a importância da vivência, além do aprendizado teórico em sala de aula. Pois esse bate-papo foi um exemplo prático de sensibilização.

Eles estavam se preparando para recepcionar outros visitantes – principalmente crianças – para exercitar atividade lúdicas, por meio de dinâmicas, teatralização e jogos, com a finalidade de explicar como são os biomas atlântico e do cerrado e suas características endêmicas. Ao mesmo tempo, expor a singularidade do horto florestal, com mais de 1,2 mil espécies de palmeiras de diversos lugares do mundo, ou seja, seu viés também exótico, que compõe o paisagismo local, além de espécies brasileiras, como a macaúba.

O entrosamento com o meio e o respeito à biodiversidade local foram alguns dos pontos que me chamaram a atenção em suas falas. “Os jardineiros daqui recolhem as sementes dessas espécies introduzidas para que o cultivo não fique descontrolado”, explicou Pimenta, ao apontar no entorno o cuidado presente no desenho dos jardins. Veja a íntegra em http://www.cidadaodomundo.blog-se.com.br

Por Sucena Shkrada Resk (Blog Cidadãos do Mundo)

A Campanha “Meu Sonho Verde”, que está em vigor até a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), propõe que cidadãos apresentem seus sonhos (mensagens em vídeo) encaminhados por e-mail ou pelo telefone. Os temas podem girar em torno de: ar e clima/água e saneamento/biodiversidade e desenvolvimento da proteção, participação comunitária e inclusão social/consumo/energia/informação e educação/ciência, tecnologia e inovação, etransporte, entre outros. A iniciativa é do Instituto para Treinamento e Pesquisa das Nações Unidas (Unitar) e da Cifal Network.

Segundo a Unitar, foi inspirada no projeto Dream In, realizado na Índia, em fevereiro passado. A campanha foi encomendada pelo braço da ONU para treinamento e lançada durante a Conferência Internacional Cidades Inovadoras, em maio 2011. Veja a íntegra em http://www.cidadaodomundo.blog-se.com.br .

Por Sucena Shkrada Resk (Blog Cidadãos do Mundo)

Cada história completa a experiência de alguém neste planeta. De uma forma indireta, os 20 anos do Repórter Eco, completados neste mês, se integram de maneira fragmentada, às minhas próprias memórias. Em 1992, recém-saída do curso de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), eu participava do 1º Curso de Telejornalismo da TV Cultura, na sede da emissora, na rua Cenno Sbrighi, na Lapa…

Conheci à época, profissionais que começavam a tecer o repertório educomunicativo do jornalismo ambiental televiso, entretanto, não tinha a dimensão do que isso realmente significava. Fui ter essa perspectiva, ao me engajar nessa seara, muitos anos depois, mais precisamente a partir de 2008, de forma contínua (no jornalismo ambiental impresso e on line), quando também descobri que tinha na veia, essa proposta profissional e de vida (sem saber), com a vivência de repórter de cidades…

Voltando no tempo…Era o ano da Eco92 ou da Cúpula da Terra, em que centenas de militantes clamariam quatro meses depois, pela qualidade de vida no mundo e, em especial, em manifestações no Rio de Janeiro. O Repórter Eco nasceu, no período dessa efervescência militante e com um caráter muito interessante, que tenho condição de falar de forma amadurecida hoje: transmitir a pauta socioambiental, de uma maneira didática, o que infere o reconhecimento dos esforços de todas as pessoas que passaram por lá, em frente e por detrás das câmeras. Com o passar dos anos, soube dar mais valor a esse empenho.

Ao olhar lá para trás e para o hoje, o que é possível refletir? O senso ético e batalhador que envolve a prática da comunicação socioambiental; pois fazer cada programa, com certeza, exige muito esforço, redobrado no contexto de uma TV Educativa e pública, em que os apoios (financeiros) não são iguais ao de uma TV comercial. Vou mais além: um esforço de equipe, pois as reportagens não sensibilizarão o telespectador, se não houver o entrosamento desse grupo. Isso não quer dizer somente no âmbito “técnico”, mas quanto a princípios e ideais. E se esses últimos morrerem, não há mais sentido…Perde o diferencial. Veja mais em http://www.cidadaodomundo.blog-se.com.br .

Por Sucena S.Resk (Blog Cidadãos do Mundo)

Praticamente três meses depois, a Fundação Nacional do Índio (Funai) informou que está encaminhando equipe para apurar o caso de denúncia de que uma criança indígena do povo Awá-Guajá teria sido queimada por madeireiros em outubro no Maranhão. Mais informações deverão ser prestadas no dia 9. A pressão das redes sociais teve um efeito imediato ontem.

Mais informações no link da matéria veiculada pela Agência Brasil, na noite de ontem: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-01-06/funai-apura-caso-de-crianca-carbonizada-por-madeireiros-no-maranhao

Leia mais no Blog Cidadãos do Mundo:
06/01 – Que chance teve a criança indígena?

Por Sucena Shkrada Resk (Blog Cidadãos do Mundo)

Uma notícia realmente me abateu hoje. Foi da denúncia da atrocidade feita com uma criança indígena do povo Awá-Guajá, de cerca de oito anos. O seu corpo carbonizado teria sido abandonado pelos Awá isolados, a cerca de 20 km da aldeia Patizal do povo Tenetehara, em Arame (MA). Tudo indica que foi vítima de ataque de homens brancos. O mais estarrecedor é que esse ato de violência deve ter acontecido entre setembro e outubro passado. E está sendo apurado pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e pelas autoridades? Afinal, existe uma Coordenação Geral de Índios Isolados e Recém Contatados (CGIIRC).

Quando li no site do Conselho Missionário Indigenista (CIMI), que a criança foi “queimada viva”, tive a sensação de estar no “umbral”. A ganância pelas terras, pelo comércio ilegal de madeira faz com que alguns seres humanos se transformem na escória de nosso planeta. Fico apreensiva, quando dizem que descobriram índios isolados, no intuito de protegê-los. Quando o homem branco intervém, em muitos casos, vem a cobiça junto. O país é de dimensão continental, será que há tanta dificuldade de haver espaço para todos? Obviamente que não.

Ao mesmo tempo, sem saber da existência dessas comunidades, às vezes, podem ser dizimadas, sem que saibamos que um dia existiram. É uma linha muito tênue. A Funai estima que existam 28 grupos de índios isolados (povos em situação de isolamento voluntário, povos ocultos, povos não-contatados) no Brasil. Além da CGIIRC, mantém 12 Frentes de Proteção Etnoambiental, localizadas nos estados do MT (2), MA (1), PA (2), AM (3), AC (1), RO (2), e RR (1). Os povos são os seguintes:

– Juruena, Awa-Guajá, Cuminapanema, Vale do Javari, Envira, Guaporé, Madeira, Madeirinha, Purus, Médio Xingu, Uru-Eu-Wau-Wau e Yanomami. Leia a íntegra no blog.

Por Sucena Shkrada Resk (Blog Cidadãos do Mundo)

As atenções pelo mundo começam a se voltar para a virada do ano e para a retrospectiva sobre os principais acontecimentos de 2011. Diante desse frenesi, comum nesta época, os comentários sobre a 17ª Conferência das Partes (COP 17) da Convenção-Quadro das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas começam a ficar escassos. Talvez não estejamos nos dando conta, mas o que foi negociado em Durban, na África do Sul, entre os dias 28 de novembro e 11 de dezembro, com a participação de representantes de 194 países, é um indício dos principais dilemas do que podemos esperar da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), em junho do ano que vem. Isso quer dizer: poucas evoluções efetivas na prática.

Ao lermos o Sumário das decisões tomadas na Conferência, o que se nota é uma série de comprometimentos postergados, sem se alinhavar os termos que nortearão os mesmos. Parece confuso, mas esse realmente é o estado da arte em que vive as relações sob os crivos do Capitalismo. E qualquer ‘acordo vinculante’, para ser implementado, deve ser ratificado por cada um dos países participantes (internamente). Do papel às ações, portanto, há um caminho importante a ser trilhado.

Quanto ao Protocolo de Kyoto (iniciado em 1997), cuja primeira fase expira em 2012, decidiu-se que a segunda etapa prosseguirá a partir de 2013 com término previsto em 2017 ou 2020. Em 2015, deverão ser estruturadas as vinculações dos países (desenvolvidos e em desenvolvimento), mas por enquanto não há um nível consolidado de ambição de redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs). Canadá já se posicionou oficialmente que não participará e o Japão e a Rússia haviam também anunciado que não integrariam a continuidade.

Na primeira fase, ficou firmado que somente os países do Anexo I (os mais desenvolvidos e mais poluidores) iriam diminuir suas emissões na faixa de 5,2% com relação aos níveis de 1.990; o que não se consolidou. Os EUA, o maior emissor (hoje a China, na categoria de país em desenvolvimento, o ultrapassou), não ratificou até hoje esse acordo e deverá permanecer com essa postura, na segunda etapa. Depois dos dois países, os maiores emissores são Índia, Rússia, Japão e Brasil, na sexta colocação. Então, no sentido da práxis, pouco sabemos, de fato, como essas ações se darão ao longo dos próximos anos. Ainda é uma incógnita.

Retomando o que foi discutido na COP16, em 2010, em Cancún, no México, o que se destacou foi o fato de a maioria das nações concordar que deveriam tomar medidas para que a temperatura média do planeta não excedesse aos 2 graus em relação aos níveis pré-industriais até o fim do século, com base em dados do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). O grupo de cientistas deverá divulgar seu quinto relatório somente entre 2013 e 2014 (o 4º é de 2007), mas já há cenários que apontam que a temperatura chegará ao aumento na casa dos 4 graus. Entretanto, os países vulneráveis (como os insulares) pleiteavam 1,5º, tendo em vista que já sofrem com o aumento do nível dos oceanos. Veja a íntegra em www.cidadaodomundo.blog-se.com.br .

Chico mendes foi assassinado há 23 anos, no dia 22 de dezembro. O que aprendemos nesse período? Hoje ainda outras vítimas, como José Cláudio Ribeiro da Silva, Maria do Espírito Santo da Silva e tantos outros anônimos se foram, por quê e para quê??

O vídeo Chico Mendes – Eu quero viver, sob direção de Adrian Cowell (que faleceu em outubro deste ano) e Vicente Rios, produzido em 1989, relembra a trajetória do seringueiro e ambientalista e é um material importante para impulsionar nossas reflexões sobre o que realmente queremos edificar na chamada sustentabilidade…(Blog Cidadãos do Mundo – jornalista Sucena Shkrada Resk)

Por Sucena Shkrada Resk

Acabei de assistir ao vídeo histórico da ECO92, em que os principais acordos ambientais foram traçados para o mundo e de repente, ao voltar à realidade, no horizonte de 20 anos, senti um vazio e a aspiração daquela época palpitar no hoje. O que fizemos para avançar nessas pautas? E como proceder diferente, para que a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável #RioMais20, em junho do ano que vem, não seja um evento somente para constar no calendário?

Esse registro, divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), deve ser visto nas entrelinhas e avaliado quanto ao seu significado para a condução que daremos à #RioMais20, para que não se perca no campo dos discursos. Desde lá, a pauta é: adaptação e mitigação às mudanças climáticas, investimento em energias limpas, conservação da biodiversidade, combate à pobreza, respeito aos povos tradicionais; como também, implementar a Agenda 21 na concepção do nosso modo de vida…

Líderes se comprometeram lá atrás, outros não; e as décadas foram passando, e o que foi feito até agora que nos impulsione nas diretrizes do desenvolvimento sustentável? O mundo capitalista vive uma crise econômica, desencadeada em 2008. Veja a íntegra em www.cidadaodomundo.blog-se.com.br .

08/11/2011 16:20
Os eixos da economia sustentável sob o olhar de Ladislau Dowbor, por Sucena Shkrada Resk  (Blog Cidadãos do Mundo)
O economista político Ladislau Dowbor, professor titular no departamento de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), nas áreas de economia e administração, concedeu entrevista ao Blog Cidadãos do Mundo, no dia 26 de outubro, em que trata do tema do desenvolvimento sustentável e as interfaces com as economias solidária, criativa/do conhecimento e a chamada economia verde, um dos eixos centrais da pauta da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), em junho do ano que vem. Ele é enfático ao afirmar que a pauta central hoje é o combate à desigualdade e ao mesmo tempo considera que a sociedade civil está mais conectada mundialmente, o que pode trazer de maneira mais eficiente, formas articuladas de pressão sobre o processo..

Blog Cidadãos do Mundo – Professor, como as economias criativa e solidária estão inseridas na tarja da economia verde?

Ladislau Dowbor – Há várias dinâmicas para fazer essa análise. Hoje temos no planeta ainda 50% de população rural e que vive da agricultura. No Brasil, a agricultura familiar produz três quartos dos alimentos que vêm à nossa mesa. Toda a área do pequeno produtor, da pequena pecuária e dos cinturões verdes das cidades são profundamente diferentes do agronegócio. São dois universos distintos. O do agronegócio com intensidade de adoção de agrotóxicos, da monocultura, pecuária extensiva, em que o desmatamento para pecuária e para grãos tem um impacto significativo no conjunto dos problemas ambientais. Isso envolve também contaminação dos lençóis freáticos, das águas subterrâneas, dos rios e redução da biodiversidade e por aí vai, além do impacto climático. Agora, se observamos parte dos pequenos agricultores, que representa metade da população do planeta, eles podem utilizar a policultura, onde os plantios se equilibram, e outros sistemas naturais de preservação na agricultura em pequena escala, que com mais diversidade, tem menos pragas. Há um conjunto de processos que podem juntar a unidade menor de produção de subsistência com as novas tecnologias, com sistemas de apoio de economia solidária, como de produtos orgânicos; o abastecimento das famílias diretamente do produtor, do sistema de compras governamentais, por exemplo, para a merenda escolar. Na realidade, há uma imensa oportunidade de economia criativa, de aportes tecnológicos e acesso ao conhecimento mais sofisticado, nos sistemas de desentermediação.

Blog Cidadãos do Mundo – Mas quais são os mecanismos que auxiliam para que essa dinâmica, de fato, seja implementada?

Ladislau Dowbor – Hoje a fragilidade maior desses produtores são os atravessadores comerciais e o isolamento ao sistema de comunicação. Quando a gente vê agricultores no Quênia que fazem as transações pelo celular, mesmo sendo analfabetos, porque sabem falar e têm inteligência, percebemos que se gera, na verdade, outra dinâmica em um setor extremamente importante.

Blog Cidadãos do Mundo – Nesse contexto da economia sustentável, há mais alguma vertente?

Ladislau Dowbor – Outro eixo de imensa importância tem sido chamado de economia do conhecimento. Hoje na composição dos produtos, três quartos do valor não são matéria-prima ou trabalho físico, mas conhecimento incorporado de design, de pesquisas – os intangíveis. O conjunto das atividades econômicas, portanto, quanto mais densas em conhecimento, mais têm propensão para evoluir a processos colaborativos. Há inúmeros exemplos. Como no sistema da robótica, em que empresas privadas com bens lucrativos decidiram colocar todo o conhecimento on line (um mecanismo de compartilhamento). Veja a íntegra da entrevista em http://www.cidadaodomundo.blog-se.com.br .